Breve clichê

O post de hoje é um pouco diferente e pessoal. Eu sei que há muito tempo não posto aqui, nesses últimos meses tenho refletido muito comigo mesma.
Tempo médio de leitura: 8 minutos

(ANTES DE QUALQUER COISA queria avisar que não é algo generalizando! Quando digo "família" não digo todos os membros da mesma, quando digo "pessoas" não são todas as pessoas do planeta, e por aí vai...)

 Acredito que nenhum sofrimento é igual, logo cada um sofre da sua forma e intensidade, e compreendo quando alguém não consegue entender isso e diz "tem gente por aí sofrendo mais", pra você que escuta isso eu quero dizer que seu sofrimento é só seu, seja ele muito, ou pouco, não deixe ninguém lhe dizer que o que sente não é tão importante quanto. Só não se esqueça de parar de chorar pela manhã.

Acredito que a questão não é ser forte ou fraco, a questão pode ser: quão sensível você é?
E sensibilidade não é sinônimo de fraqueza, mas insensibilidade sim. Demonstrar também não é fraqueza. Poder passar um pouco da sua energia as pessoas é uma grande virtude, do meu ponto de vista.
E pra você que escuta "você é fraco", não deixe ninguém te fazer duvidar do quão forte é apenas porque tem sentimentos.

E as vezes a gente pensa que nossa desgraça mental é contagiante, não é bem assim. Na maioria dos casos pode ser ao contrário quando você sabe pegar suas dores e fazer alguém sorrir com elas (coisa que amo fazer). E pra você que escuta "você vai estragar o fulano também", tenha em mente que o único problema é o portador da boca cujo tal barbárie escapou.

Pra você que já se conformou ser o problema da família: não. Você não é o problema. Você não é uma vítima, mas também não é o problema.
Isso é algo que tento me fazer entender todos os dias e assim como eu, tenho certeza de que muitos também.
E tento fazer outras pessoas entenderem isso também; no julgamento de alguns não estou no pior lugar do mundo (de fato), mas não deixa de ser ruim.

O objetivo aqui também não é que comecem a ver só coisas negativas, ok? Nem que sejam ingratos com as coisas que seus pais, sua família já fizeram.

O objetivo aqui é dizer que posso ser tão sensível quanto você, e outras pessoas, e que não estão sozinhos. E que não há problema algum em se sentir assim.

Pra você que se sente perdido: acredito que esteja no caminho, só não sabe ler os sinais, ainda.

E pra vocês que se culpam por deixar que alguém desarme seu psicológico tenho apenas uma famosa frase pra deixar: "ninguém é de ferro, somos programados pra cair".

Pra quem já falou algo citado acima, creio que quase nunca é tarde pra ver as coisas de jeito diferente, e que a mudança pode ser gradativa e levar um bom tempo.

Pra quem tem alguns amigos que se pode considerar como segunda família, não deixe de dizer a eles que são importantes também.

Pra quem já não consegue mais dizer um "te amo" pros seus pais, espero do fundo do coração que um dia volte a conseguir, espero que eu também consiga. E pra quem consegue: diga sempre!

E esse é o ponto do texto onde não sei como encerra-lo. Acrescento apenas o lembrete de que tudo vai ficar bem um dia. Sua dor não é menos e nem mais, é uma dor. Sua alegria também.

Muito obrigada aos que leram até aqui e entenderam. Continuem lutando pra não deixar o samba morrer.

(QUEM QUISER LER MAIS MELANCOLIA TA AQUI!)
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